A história dos povos indígenas brasileiros não é uma só. Tão grande quanto um continente, nosso país abriga populações plurais, com costumes e tradições diversas. A partir de 03 de dezembro, os belo-horizontinos poderão conhecer mais a fundo o que curadores indígenas de cinco povos têm a dizer. No Espaço do Conhecimento UFMG, modos de viver, de saber e de cuidar dos povos Maxakali, Pataxoop, Xakriabá, Yanomami e Ye'kwana são apresentados em uma exposição como nenhuma outra. Com entrada gratuita, Mundos Indígenas ficará em cartaz até julho de 2020. A mostra é resultado de uma experiência inédita no museu. Neste projeto, os conceitos fundamentais foram propostos por um conjunto de curadores indígenas. Para apresentar o mundo dos Maxacali, os escolhidos foram Sueli e Isael. Dona Liça e Kanatyo mostram o mundo Pataxoop, enquanto Vicente, Edvaldo e Célia são curadores Xacriabá.
Recém-premiado com um Nobel alternativo pela proteção do seu povo e da Amazônia, Davi Kopenawa se junta a Joseca na curadoria Yanomami. Júlio Magalhães e Viviane Rocha são os indígenas responsáveis pela curadoria Ye'kwana. A exposição foi produzida em parceria com grupos de pesquisa e extensão da UFMG: o Antropologia na Escola do Núcleo de Estudos Quilombolas, Indígenas e Tradicionais da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e o Grupo de Pesquisa e Extensão em Educação Indígena da Faculdade de Educação. O Instituto Unimed-BH patrocina o projeto, que toma forma no segundo andar do museu e se divide em ambientes dedicados a cada uma das curadorias. Animações, fotografias e vídeos se unem a produções indígenas como cestarias, cerâmicas, ilustrações, redes, flechas e máscaras. O objetivo principal é encantar o visitante com outra maneira de ver e interagir com outros mundos.